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I Congresso Internacional de Cultura: Culturas em Movimento

Como o indica, desde logo, o nome escolhido para este I Congresso Internacional de Cultura: Culturas em Movimento, ele pretende tratar a cultura como um fenómeno simultaneamente singular – a Cultura – e plural – as Culturas.
De facto, a singularidade e a pluralidade resultam da dialética que, desde a sua própria origem, está imanente a cada uma das culturas: de um lado, ela é a diferença que procura fugir à identidade e, assim, garantir uma identidade própria; do outro lado, ela é a identidade que procura abolir as diferenças e, assim, assumir-se como diferença hegemónica.
No entanto, mesmo que a globalização nos apareça, hoje, como uma espécie de fatalidade histórica, não é fatalidade histórica a hegemonia de uma cultura sobre outras. A cultura foi sempre um espaço aberto a lutas, a trocas, a negociações – e não antevemos razões para que não continue a sê-lo.
E, nesta época de fluxos cada vez mais globais, em que a história já não se move à velocidade das botas de sete léguas de que falava Hegel mas, literalmente, à velocidade da luz, cada uma das culturas foi apanhada numa espécie vórtice, de movimento em espiral que faz com que tudo tenda a tornar-se líquido, para utilizarmos o termo posto em voga por Bauman.
Não admira, assim, que a cultura se tenha tornado um tema e um problema central do nosso tempo. Essa centralidade revela-se, também, nas áreas temáticas deste Congresso, que incluem o desenvolvimento, a tecnologia, as políticas culturais, os media, a arte, as indústrias criativas ou o género e a sexualidade. Cada uma dessas áreas propiciará, certamente, um bom espaço para discutir tendências como a hegemonia e a contra hegemonia, a mudança e a conservação, o intercâmbio e o isolamento, o conflito e o diálogo.
Intercâmbio e diálogo são aqui palavras-chave, desde logo pela consideração das origens do Congresso, que aparece como mais uma das atividades da cooperação académica e científica que tem vindo a construir-se, nos últimos anos, entre a Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior (através do seu Curso de Ciências da Cultura) e o Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia.
Contudo, pelo facto de a organização do Congresso falar português, o português não deve ser visto como fator de exclusão de outras línguas e culturas.